segunda-feira, 10 de setembro de 2012

"Tive que escolher entre esporte e o teatro"


Daniel Rocha (Foto: Felipe Panfili)

Aos 21 anos, Daniel Rocha é uma das revelações do elenco de “Avenida Brasil”, em que interpreta o jogador de futebol Roni, que causa polêmica por ser apaixonado por Leandro (Thiago Martins) e casado com Suelen (Isis Valverde), a maior periguete do Divino, bairro fictício onde é ambientada a trama.
Ator conquistou títulos nacionais lutando profissionalmente (Foto: TV Globo)
Antes de investir na carreira de ator, ele tinha forte ligação com o esporte, mas não era o futebol, era o kickboxing. “Fui campão brasileiro, sul-americano e umas seis vezes campeão paulista.”
Daniel conta que começou a praticar a modalidade de artes maciais ainda na infância. “Quando eu era moleque, eu era o pequeno da turma, o pessoal ficava zuando. Então, pratiquei kickboxing, consegui trazer alguns títulos para o Brasil. Era legal.”
A paixão pelos palcos falou mais alto: “Aos 18 anos, tive que escolher entre o esporte e o teatro. Escolhi o teatro”. Na época em que fazia curso em uma escola de formação de atores em São Paulo, Daniel aceitou participar com cachê free de trabalhos de conclusão de curso feitos por alunos de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero. “Vocês descobriram até isso, né (risos)? Foi bacana ter participado. Fazia teatro e queria ter experiência em vídeo.”
Além do esporte e do teatro, o ator tem uma ligação com o universo musical e chegou a aprender a tocar violino. “Comecei com 6 anos. Até hoje dou uma arranhada. Meu pai e minha família me incentivavam, mas não penso em carreira musical. Só gosto.”
Sucesso em “Avenida Brasil”
Daniel garante não saber o final que está reservado para Roni em “Avenida Brasil”. O ator afirma que não sabe se o personagem acabará a trama com Suelen, com Leandro, sem nenhum ou com os dois. “Nem adianta falar nada porque isso só o João Emanuel [Carneiro, autor da novela] sabe.”
Ele diz ainda que o assédio acontece de maneira amigável. “O pessoal é sempre carinhoso comigo, outro dia, vieram me falar: ‘muito obrigado, você está fazendo um gay sem estereótipos’”, conta.
O ator considera que o preconceito contra o homossexual existe, muitas vezes disfarçado. “Muitas vezes as pessoas falam que não são preconceituosas, mas são. É meio velado. Alguma coisa precisava acontecer para mudar isso, mas acho que já está mudando. Cada vez mais, eles estão tendo seu espaço social.”

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